Apesar da ciência da importância dessa desconstrução, muitos profissionais da área ficam em dúvidas e podem se sentir confusos no momento de trabalhar essas questões. Por outro lado, pode parecer aos trabalhadores orientados que tais profissionais estão exagerando ou mesmo influenciando em questões que vão além de suas responsabilidades. Porque isso acontece?
Entendendo o que é o comportamento de risco
A melhor forma de se entender o porquê isso tudo ocorre, é a conscientização e o conhecimento. Para isso você deve entender o que é o comportamento de risco. Você sabe? Sabe porque ele pode soar um grande perigo para alguns e algo corriqueiro e comum, quase sem importância, a outros?Chamamos de “comportamento de risco” atos, atitudes e ações cotidianas que abrangem o comportamento de cada indivíduo dentro de uma situação. No ambiente laboral, consideramos os comportamentos dos trabalhadores perante os serviços diários. Tais ações podem gerar incidentes ou mesmo graves acidentes, colocando em risco a saúde e integridade física dos trabalhadores.
É importante que você entenda que o comportamento de risco é algo individual, ou seja, ele varia de pessoa a pessoa, pois ele depende diretamente das ações de cada um.
Isso significa que sempre que você ou um colega de trabalho ou um visitante se comportar provocando um incidente ou agir de forma não segura, ele está pondo em prática o comportamento de risco.
Comportamentos de riscos mais comuns
Cada tipo de empresa, cada ramo de atividade, possui seus comportamentos de riscos mais comuns. Alguns, como já dissemos, são mais fáceis de serem notados, outros podem passar despercebidos aos olhos menos atentos. Contudo, alguns comportamentos de riscos são comuns à maior parte de empresas. São eles:• Brincadeiras de mau gosto dentro do ambiente de trabalho;
• Utilização de ferramentas gastas ou que promovem perigo ao trabalhador no desenvolvimento das atividades;
• Desatenção ou ritmo acelerado de trabalho;
• Burlar a segurança das máquinas (por exemplo: burlar o sistema bi-manual para “facilitar o trabalho”);
• Se sentir muito seguro e subestimar as normas de segurança;
• Não utilizar os EPI’s obrigatórios;
• Remover os EPC’s das máquinas;
• Criar ferramentas de trabalho ou outros equipamentos (exemplo: andaimes de madeira, pranchas, etc);
• Operar máquinas ou ferramentas sem estar autorizado e capacitado (exemplo: empilhadeiras, manutenções elétricas, etc);
• Transportar peso acima de sua capacidade;
• Levantar peso de forma errada;
• Fazer ultrapassagem em local proibido;
• Não utilizar cinto de segurança (inclusive em veículos);
• Dirigir em alta velocidade;
• Sentir-se sempre seguro e que domina todos os conhecimentos sobre as máquinas, ferramentas ou equipamentos e que, portanto, não precisa de atenção ou proteção.
Vale ressaltar que muitos acidentes ocorrem em decorrência de comportamento de risco. Cabe ao Técnico de Segurança e aos demais profissionais do SESMT e da Administração acompanhar e identificar essas ações, conscientizando e orientando os trabalhadores desse perigo.
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